Eu? Eu escrevo as páginas da minha vida, enquanto noto o tempo fluindo gota a gota rumo à eternidade.
Quero que meus dias sejam mais do que converter oxigênio em gás carbônico.
Quero que meus passos deixem marcas firmes nesse solo de suor e não raramente de lágrimas.
Eu? Eu nego uma vida sem sentido. Não aceito acordar por acordar, deixar o cheiro da manhã passar despercebido.

Vejo vida no "bom dia", vejo vida em um sorriso, há vida na beleza da flor, há vida nos espinhos da vida, há vida na brisa, há vida no deserto, há vida até na dor.
Eu entreguei a minha história ao "Roteirista dos Roteiristas"e sob sua orientação tenho visto que é possível que as páginas de felicidade sobrepujem aos escritos de lamúrias, reservados a quem respira, mas não vive.
Viver é dom, é dádiva.
Ganhar um novo dia é ter a chance de lançar um novo olhar sobre o mundo, sobre as próprias páginas.

Eu? Eu aprendi que cada minuto do dia traz em suas entrelinhas a chance de honrar Àquele que nos presenteia com a vida.
Até que chegue o dia de prestar contas a Deus do uso que se fez dela.

Janaina oliveira*





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As postagens refletem o que eu penso, e aquelas que não forem de minha autoria sempre virão acompanhadas dos nomes de seus respectivos autores. Eu acho estranho me definir, pois alguém é o que deixa explícito através de suas atitudes, de suas páginas. Sou evangélica (felizzz com Jesus) e gosto muito de escrever. Aprendi a amar assuntos relacionados à Educação e infância por conta da faculdade de Pedagogia que curso. Eu sou eu, única e especial para Deus assim como você.

O Senhor será exaltado sobre as minhas circunstâncias!

domingo, 7 de março de 2010

Voz dos sonhos



uma voz acima da razão
Pulsa em cada coração
Quer mostrar algo além do que é visível
Ultrapassa o impossível
Sonho é essa voz que diz: quem ousar me ouvir, tudo pode conseguir
Sonhar é viajar, é não se conformar
Que é a vida é só o que se toca e se vê
Os sonhos são assim, essência do existir
Só viram realidade pra quem acreditar
E buscar realizar
Quando alguém dá a essa voz abrigo
Surge um mundo mais florido
Pois abre-se a janela da fé
A certeza vai fluindo
Se as circunstâncias tentam impedir
A voz vem pra repetir: Tudo é possível, SIM
Quem vive por sonhar, não pode mais voltar
Por medo de sofrer
Desistir por quê?

Se os sonhos não têm fim
Pra quem não desistir
De crer que na verdade
O prêmio do sonhar
É lutar e realizar.



Janaina Oliveira*

sábado, 6 de março de 2010

Jardim (Rubem Alves)



“Depois de uma longa espera consegui, finalmente, plantar o meu jardim. Tive de esperar muito tempo porque jardins precisam de terra para existir. Mas a terra eu não tinha. De meu, eu só tinha o sonho. Sei que é nos sonhos que os jardins existem, antes de existirem do lado de fora.
Um jardim é um sonho que virou realidade, revelação de nossa verdade interior escondida, a alma nua se oferecendo ao deleite dos outros, sem vergonha alguma… Mas os sonhos, sendo coisas belas, são coisas fracas. Sozinhos, eles nada podem fazer: pássaros sem asas… São como as canções, que nada são até que alguém as cante; como as sementes, dentro dos pacotinhos, à espera de alguém que as liberte e as plante na terra. Os sonhos viviam dentro de mim. Eram posse minha. Mas a terra não me pertencia.
O terreno ficava ao lado da minha casa, apertada, sem espaço, entre muros. Era baldio, cheio de lixo, mato, espinhos, garrafas quebradas, latas enferrujadas, lugar onde moravam assustadoras ratazanas que, vez por outra, nos visitavam. Quando o sonho apertava eu encostava a escada no muro e ficava espiando.Eu não acreditava que meu sonho pudesse ser realizado. E até andei procurando uma outra casa para onde me mudar, pois constava que outros tinham planos diferentes para aquele terreno onde viviam os meus sonhos.
E se o sonho dos outros se realizasse, eu ficaria como pássaro engaiolado, espremido entre dois muros, condenado à infelicidade.Mas um dia o inesperado aconteceu. O terreno ficou meu. O meu sonho fez amor com a terra e o jardim nasceu.
Não chamei paisagista. Paisagistas são especialistas em jardins bonitos. Mas não era isto que eu queria. Queria um jardim que falasse. Pois você não sabe que os jardins falam? Quem diz isto é o Guimarães Rosa: “São muitos e milhões de jardins, e todos os jardins se falam. Os pássaros dos ventos do céu – constantes trazem recados. Você ainda não sabe. Sempre à beira do mais belo. … É preciso ter saudades para saber. Somente quem tem saudades entende os recados dos jardins. Não chamei um paisagista porque, por competente que fosse, ele não podia ouvir os recados que eu ouvia. As saudades dele não eram as saudades minhas. Até que ele poderia fazer um jardim mais bonito que o meu. Paisagistas são especialistas em estética: tomam as cores e as formas e constróem cenários com as plantas no espaço exterior. A natureza revela então a sua exuberância num desperdício que transborda em variações que não se esgotam nunca, em perfumes que penetram o corpo por canais invisíveis, em ruídos de fontes ou folhas…Queria o jardim dos meus sonhos, aquele que existia dentro de mim como saudade. O que eu buscava não era a estética dos espaços de fora; era a poética dos espaços de dentro.
Eu queria fazer ressuscitar o encanto de jardins passados, de felicidades perdidas, de alegrias já idas. Em busca do tempo perdido… Uma pessoa, comentando este meu jeito de ser, escreveu: “Coitado do Rubem! Ficou melancólico. Dele não mais se pode esperar coisa alguma…” Não entendeu. Pois melancolia é justamente o oposto: ficar chorando as alegrias perdidas, num luto permanente, sem a esperança de que elas possam ser de novo criadas. Aceitar como palavra final o veredicto da realidade, do terreno baldio, do deserto. Saudade é a dor que se sente quando se percebe a distância que existe entre o sonho e a realidade. Mais do que isto: é compreender que a felicidade só voltará quando a realidade for transformada pelo sonho, quando o sonho se transformar em realidade. Entendem agora por que um paisagista seria inútil? Para fazer o meu jardim ele teria que ser capaz de sonhar os meus sonhos…Sonho com um jardim.
Todos sonham com um jardim. Em cada corpo, um Paraíso que espera… Nada me horroriza mais que os filmes de ficção científica onde a vida acontece em meio aos metais, à eletrônica, nas naves espaciais que navegam pelos espaços siderais vazios… E fico a me perguntar sobre a perturbação que levou aqueles homens a abandonar as florestas, as fontes, os campos, as praias, as montanhas.
Rubem Alves- O Retorno Eterno ( fragmentos da pág.65)

sexta-feira, 5 de março de 2010

“Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça…”





quinta-feira, 4 de março de 2010

Onde está o meu Rei?


A canção O Meu rei de Sérgio lopes que postarei logo abaixo fala muito comigo. Jesus estava lá, no meio do seu povo e Ele era a resposta, era a promessa que Israel esperou por tanto tempo. A cegueira espiritual era tão grande que o povo não o reconheceu. Eles confundiram a essência de Deus com sua própria essência soberba. Ansiavam por um Rei político, que os livrasse do Jugo de Roma, e não de suas prisões espirituais, do abismo do pecado que os separava de Deus. Será que somos diferentes daquele povo? Temos reconhecido Jesus em sua simplicidade ou só o sentimos e percebemos nas grandes reuniões, nas grandes igrejas, através dos "grandes homens de Deus"? Ele pode estar falando atráves daquele irmão tão humilde, da criança, naquela igreja com poucos membros. Sua presença pode estar no louvor daquele irmão que nem é tão afinado, mas tem um coração contrito que por certo Deus não despreza.
Jesus foi desprezado por aqueles que mais esperavam por Ele. Que ironia!!!
No tempo que se chama hoje, muitos não têm em si mesmos os atributos de Jesus. Tão soberbos, tão importantes, tão cultos! Como os escribas e fariseus que falavam o tempo todo de Deus, mas não o conheciam de verdade, pois não reconheceram o Filho do Deus que eles diziam servir. Quem conhece o Senhor, quem tem intimidade com Ele e dicernimento, sabe exatamente quando Ele fala e se rende com
humildade à sua doce voz.
Janaina Oliveira*

Letra da música O Meu Rei
compositor : Sérgio Lopes.

Me chamaram depressa:
- Vem correndo à janela

Pois o rei vai passar!
Vamos ver sua pompa, carruagens de ouro
Que vão lhe acompanhar!
Vamos ver seus cavalos!Estandartes dourados! Sua guarda real!
Então fui procurar, orgulhoso avistar
O meu rei triunfal.
Mas como eu acharia
Quem eu não conhecia em meio à multidão?
Encontrei no caminho
Sobre um jumentinho alguém que me olhou
Perguntei apressado se ele havia encontrado
E onde estava o meu rei
Ele apenas sorriu, seu caminho seguiu
E eu também me afastei
Já cansado e abatido
Eu cheguei ao final daquela multidão
Mas não vi carruagens e não vi estandartes
Não achei o meu rei!
Perguntei outra vez
E a resposta que ouvi Jamais esquecerei:
- O teu rei vai sozinho, sobre um jumentinho.
E em soluços chorei.

segunda-feira, 1 de março de 2010

BBB, A IMBECILIZAÇÃO NACIONAL.


Todos os anos a emissora do "plim plim" presenteia seus telespectadores com uma nova edição do BBB ( Big Brother Brasil) e lá se vão meses de futilidade exposta em rede nacional. A emissora escolhe as "pérolas" da vez entre muitos brasileiros que gostariam de minutos de fama e é claro, do dinheirão que o programa oferece ao vencedor.
Durante o tempo de duração do reality as pessoas tiram um tempo que poderia ser utilizado para explorar o próprio potencial e assimilam todo o "rico conteúdo" que o programa oferece, conteúdo este que vai desde brigas à palavras de baixo calão, além é claro, da famosa frase que todos usam: " estou sendo eu mesmo".
É evidente que a emissora tem critérios para escolher os participantes, as damas precisam corresponder ao padrão de beleza da mulher brasileira e os outros critérios, ahhh!!! Os outros critérios dependem do que a emissora deseja impregnar nas mentes acríticas que dão ibope ao programa. Pode ser a religião que ela quer defender, pode ser a libertinagem mesmo e por aí vai.
O mais irritante é ver nos intervalos das poucas programações que ainda oferecem algo útil, aquele robozinho surgindo do nada acompanhado de entrevistas de cidadãos dando opiniões acerca do programa. Eles falam com tanta seriedade como se estivessem discorrendo sobre assuntos importantes como a preservação do planeta, o aquecimento global, a corrupção no país, mas pasmem! Eles estão falando da vida alheia.
No final do programa alguém sai milionário, muitos saem famosos e os telespectores voltam para suas vidas, com um precioso tempo perdido, menos cultos, mas por certo com algum discurso que sutilmente foi impregnado em suas mentes. Eles voltam mais manipulados do que antes, mas sentindo-se livres e felizes por terem presenciado da tela de suas televisões aos barracos e diálogos que eles julgam interessantes.
Brasil-sil-sil
!
Janaina Oliveira*