Eu? Eu escrevo as páginas da minha vida, enquanto noto o tempo fluindo gota a gota rumo à eternidade.
Quero que meus dias sejam mais do que converter oxigênio em gás carbônico.
Quero que meus passos deixem marcas firmes nesse solo de suor e não raramente de lágrimas.
Eu? Eu nego uma vida sem sentido. Não aceito acordar por acordar, deixar o cheiro da manhã passar despercebido.

Vejo vida no "bom dia", vejo vida em um sorriso, há vida na beleza da flor, há vida nos espinhos da vida, há vida na brisa, há vida no deserto, há vida até na dor.
Eu entreguei a minha história ao "Roteirista dos Roteiristas"e sob sua orientação tenho visto que é possível que as páginas de felicidade sobrepujem aos escritos de lamúrias, reservados a quem respira, mas não vive.
Viver é dom, é dádiva.
Ganhar um novo dia é ter a chance de lançar um novo olhar sobre o mundo, sobre as próprias páginas.

Eu? Eu aprendi que cada minuto do dia traz em suas entrelinhas a chance de honrar Àquele que nos presenteia com a vida.
Até que chegue o dia de prestar contas a Deus do uso que se fez dela.

Janaina oliveira*





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As postagens refletem o que eu penso, e aquelas que não forem de minha autoria sempre virão acompanhadas dos nomes de seus respectivos autores. Eu acho estranho me definir, pois alguém é o que deixa explícito através de suas atitudes, de suas páginas. Sou evangélica (felizzz com Jesus) e gosto muito de escrever. Aprendi a amar assuntos relacionados à Educação e infância por conta da faculdade de Pedagogia que curso. Eu sou eu, única e especial para Deus assim como você.

O Senhor será exaltado sobre as minhas circunstâncias!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Os apelos sexuais da mídia e sua Influência nas crianças

(Imagem retirada da internet)

Às vezes me surpreendo com algumas atitudes de crianças com as quais tenho contato. Cada vez mais, percebo a inevitável influência do conteúdo sexual desnecessário que permeia a mídia e acaba por alcançá-las de alguma forma.
Há alguns dias lecionando minhas aulas de reforço, ouvi um "barulhão", vozes de risada e surpresa partindo dos alunos.
Me aproximei e logo todos gritaram: Olhe no caderno de Mariana (nome fictício), ela escreveu uma coisa feia. Buscando ser natural, olhei e li no caderno da aluna um nome pejorativo que alguma mente nada brilhante inventou e que perpetuou-se designando uma parte íntima do corpo.
O impressionante é que esta aluna está sendo alfabetizada e encontra ainda dificuldades para escrever as palavras, mas esta ela acertou.
Não a recriminei, nem fiz cara de espanto. Pedi a todos que parassem suas atividades por um momento para que pudéssemos falar sobre o assunto.
Perguntei o motivo de ser engraçado aquele nome, de causar espanto.
"Ahh tia, é um nome proibido", alguém respondeu.
Levantei o braço e perguntei:
_O que é isto?
E todos responderam, ou melhor, gritaram:
_ Braçooooo!!
E isto?
_Pernaaaaaaaaa!!
Perguntei se é engraçado ficar repetindo o nome das partes do corpo e todos responderam que não.
Então perguntei o motivo de ser engraçado escrever o nome de uma parte do corpo, e ainda por cima um nome que nem é de verdade, um nome que inventaram sem um objetivo útil.
A menina, muito esperta e comunicativa apagou o nome e respondeu que é verdade, "nem é o nome de verdade né tia?" "Inventaram nem sei pra quê."
Todos voltaram às suas atividades e se desinteressaram pelo assunto.
Ontem liguei a TV e vi uma mulher com as curvas bem torneadas cantando uma música, se é que assim posso chamar, que exaltava o nome que a minha aluna escreveu. Minha revolta foi ler no rodapé o nome "cantora", já que além de letra vazia, a voz da mulher é uma afronta aos tímpanos de qualquer pessoa.
Os apelos sexuais presentes na mídia invadem a vida das crianças, porque são levados até a escola, seja pela coleguinha que assiste ao que quer, seja pela TV ligada em casa sem a devida orientação adulta, até mesmo nas festas escolares quando não há um critério para escolher as músicas que serão tocadas, enfim, já se tornaram uma ferida no meio da nossa sociedade.
Eu acredito que esta geração de crianças colhe frutos do que a mídia plantou e continua plantando em nome do apelo pela audiência.
Histórias infantis viram músicas obscenas. Outro dia mesmo uma amiga me contou que foi contar a história da Chapeuzinho Vermelho para crianças do Pré e uma menina disse:
"Não é assim tia, é assim: vou te comer, vou te comer" ( fazendo gestos obscenos).
Estão degradando os valores, estão dizendo na TV que trair é bom," é viver a vida"; estão plantando a sensualidade nas crianças, que têm informações ao seu alcance antes que tenham maturidade para distinguir o certo do errado.
Muitos pais fecham os olhos, muitos educadores não sabem o que fazer diante da situação e acabam por fechar os olhos também. É preocupante esse tipo de informação tão acessível a quem ainda está em formação, em construção de caráter. Como será o futuro dessa geração de crianças?
É muito importante que família, escola, igreja, estejam atentos para os perigos iminentes e que comecem a perceber a importância de se trabalhar com esse lado, de estimular a criticidade das crianças, pois fechar os olhos não impedirá que tenham uma ideia deturpada do mundo que as cerca. O diálogo é fundamental e o cuidado com os conteúdos aos quais as crianças têm acesso deve ser redobrado.

Muitos pais querem deixar seus filhos dentro de casa, trancados e esquecem que a televisão e a internet estão aí sem fins pedagógicos ensinando tudo da pior forma e estimulando crianças e adolescentes a ultrapassar limites necessários e valores imprescindíveis.
Mais do que nunca é preciso ENXERGAR nossas crianças e dialogar com as mesmas. É tempo de descontruir o que é falso e prejudicial, é tempo de prestar muita atenção.

Um comentário:

  1. Jana; o nosso mundo, agora “internetenalizado”, tende a andar cada vez mais na contramão dos valores morais. Contrapor-nos a esta onda, é dever que compete a cada homem de bem; particularmente pais e educadores. Como no caso do beija-flor, buscando apagar grande incêndio na floresta com pequena gota d'água ao bico; façamos nossa parte. Parabéns por levantar questão tão preocupante.

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