Eu e o silêncio

Nunca fui tão boa em desnudar a minha alma
O silêncio não é covardia, ele pode ser proteção.
Pois por mais que você grite para o mundo sua vida
No fim será você, Deus e seu coração.
Então deixe-me assim nas páginas do silêncio.
Se tiver tempo e paciência leia as entrelinhas, drible o labirinto do meu pensamento.
Supere a antítese do meu grito silencioso.
Não pense nada a meu respeito ou pense ou me rotule (não há problemas).
Quando não se sabe a verdade as pessoas geralmente criam uma
Sem notar ser somente um reflexo de quem são.
Então fica assim subtendido ou escondido, não sei.
Dentro de mim há um mundo e se não fosse precioso todos teriam a chave.
Cicatrizes, feridas? Não sei.
Alegrias e sorrisos? Talvez.
É a minha vida, é a minha certeza, é o meu jardim, é o meu silêncio.
Estou aqui numa torre muito alta
Com meus mistérios, com meu caderno, com minha Bíblia
E minha voz cantando ao som do vento.
Não é arrogância, é apenas prudência
É assim que sou, foi assim que a vida me fez.
Jana*

“[...] fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo.” (Salmos 131.2.)