Quem sou eu
- Janaina Oliveira
- As postagens refletem o que eu penso, e aquelas que não forem de minha autoria sempre virão acompanhadas dos nomes de seus respectivos autores. Eu acho estranho me definir, pois alguém é o que deixa explícito através de suas atitudes, de suas páginas. Sou evangélica (felizzz com Jesus) e gosto muito de escrever. Aprendi a amar assuntos relacionados à Educação e infância por conta da faculdade de Pedagogia que curso. Eu sou eu, única e especial para Deus assim como você.
O Senhor será exaltado sobre as minhas circunstâncias!
quinta-feira, 17 de junho de 2010
ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL?? SERÁ MESMO IGUALDADE??!!
O Estatuto Da Igualdade Racial foi criado com o objetivo de assegurar direitos e estabelecer diretrizes para a população negra, porém, como o próprio criador do Projeto, o senador Paulo Paim, afirmou no ano de 2009: "Os temas mais importantes foram retirados, sobre os quilombos, cotas. Voltou para o Senado um estatuto mais light".
É vergonhosa a situação do Brasil, esse jeitinho brasileiro que tem raízes na nossa colonização, onde a elite é quem ergue o troféu no final. O próprio senador criador do Projeto, garantiu que os principais pontos foram retirados do texto como as cotas para negros em Universidades.
A questão a ser levantada aqui é a de que nunca houve igualdade racial e social no Brasil, desde os primórdios de nossa história. As cotas são uma conquista sem precedentes para a população negra, historicamente negada em seus direitos. Um Estatuto que retira as principais questões de seu texto, que são a causa dos entraves para uma busca de mudança nessa ferida em que consistem o preconceito e a falta de oportunidades efetivas para os negros, é mais uma Lei que existe para maquiar a realidade vergonhosa do Brasil. Talvez seja para quando um estrangeiro perguntar: "Qual é a situação dos afro descendentes no Brasil?" Alguém responder: "Ótima, tem até uma Lei de igualdade Racial!"
As leis que vigoram no País são aquelas que privilegiam a elite, essas sim, não encontram barreiras. Aquelas que visam sanar ou amenizar as desigualdades, encontram obstáculos praticamente intransponíveis.
Esse tal Estatuto, me faz lembrar a Lei da Abolição da Escravatura. É, aquela que está contida nos livros de Ensino fundamental de História das nossas crianças, aquela que exalta a figura da "bondosa" Princesa Isabel, para não dizer pressionada, que perpetua uma história contada sob a óptica dos vencedores. Uma história que faz com que a sociedade feche os olhos para a realidade enfrentada pelos negros, para quem a própria escola desde cedo mostra que o seu lugar não é o topo, mesmo que disfarçadamente como afirma Cavalleiro:
“ O racismo no Brasil é um caso complexo e singular, pois ele se afirma por meio de sua própria negação" ( CAVALLEIRO, 2001, p. 92).
O que os livrinhos não mostram é que os negros libertados através da Lei Áurea, foram lançados às margens da sociedade, sem qualquer ação de quem governava para solucionar a situação humilhante pela qual passaram durante a escravidão. Muitos optavam por continuar a serviço de seus senhores por falta de alternativas.
Retirar as conquistas adquiridas pela comunidade negra, vai trazer benécies para a população afro descendente? Por certo não. É certo também que muitas explicações e desculpas virão como sempre existiram para justificar o preconceito e a marginalização.
É provável que a sociedade se cale como sempre fez, respaldada pelos atores que teoricamente têm papel de incluir e dar oportunidades iguais, como a escola. Com as mensagens simbólicas que nos transmitem: somos todos iguais perante a Lei!! Viva!!!
Digam isso para quem vive ouvindo que o bonito mesmo é ser branco, ter cabelos lisos, Ou para quem enfrenta preconceitos ao procurar um emprego, ou ainda para aqueles que são maioria nas periferias e no índice de analfabetismo.
Uma Lei que retira conquistas está a serviço de quem?!! Dos que lutam pela igualdade ou da elite, para quem a desigualdade é lucrativa??
ôhh Brasillllll viu? Isso é revoltante!!
Janaina Oliveira*
É vergonhosa a situação do Brasil, esse jeitinho brasileiro que tem raízes na nossa colonização, onde a elite é quem ergue o troféu no final. O próprio senador criador do Projeto, garantiu que os principais pontos foram retirados do texto como as cotas para negros em Universidades.
A questão a ser levantada aqui é a de que nunca houve igualdade racial e social no Brasil, desde os primórdios de nossa história. As cotas são uma conquista sem precedentes para a população negra, historicamente negada em seus direitos. Um Estatuto que retira as principais questões de seu texto, que são a causa dos entraves para uma busca de mudança nessa ferida em que consistem o preconceito e a falta de oportunidades efetivas para os negros, é mais uma Lei que existe para maquiar a realidade vergonhosa do Brasil. Talvez seja para quando um estrangeiro perguntar: "Qual é a situação dos afro descendentes no Brasil?" Alguém responder: "Ótima, tem até uma Lei de igualdade Racial!"
As leis que vigoram no País são aquelas que privilegiam a elite, essas sim, não encontram barreiras. Aquelas que visam sanar ou amenizar as desigualdades, encontram obstáculos praticamente intransponíveis.
Esse tal Estatuto, me faz lembrar a Lei da Abolição da Escravatura. É, aquela que está contida nos livros de Ensino fundamental de História das nossas crianças, aquela que exalta a figura da "bondosa" Princesa Isabel, para não dizer pressionada, que perpetua uma história contada sob a óptica dos vencedores. Uma história que faz com que a sociedade feche os olhos para a realidade enfrentada pelos negros, para quem a própria escola desde cedo mostra que o seu lugar não é o topo, mesmo que disfarçadamente como afirma Cavalleiro:
“ O racismo no Brasil é um caso complexo e singular, pois ele se afirma por meio de sua própria negação" ( CAVALLEIRO, 2001, p. 92).
O que os livrinhos não mostram é que os negros libertados através da Lei Áurea, foram lançados às margens da sociedade, sem qualquer ação de quem governava para solucionar a situação humilhante pela qual passaram durante a escravidão. Muitos optavam por continuar a serviço de seus senhores por falta de alternativas.
Retirar as conquistas adquiridas pela comunidade negra, vai trazer benécies para a população afro descendente? Por certo não. É certo também que muitas explicações e desculpas virão como sempre existiram para justificar o preconceito e a marginalização.
É provável que a sociedade se cale como sempre fez, respaldada pelos atores que teoricamente têm papel de incluir e dar oportunidades iguais, como a escola. Com as mensagens simbólicas que nos transmitem: somos todos iguais perante a Lei!! Viva!!!
Digam isso para quem vive ouvindo que o bonito mesmo é ser branco, ter cabelos lisos, Ou para quem enfrenta preconceitos ao procurar um emprego, ou ainda para aqueles que são maioria nas periferias e no índice de analfabetismo.
Uma Lei que retira conquistas está a serviço de quem?!! Dos que lutam pela igualdade ou da elite, para quem a desigualdade é lucrativa??
ôhh Brasillllll viu? Isso é revoltante!!
Janaina Oliveira*
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Jana; antes de tudo parabéns. Longe deste se propor a um comentário que venha esconder esta realidade tão bem retratada, antes seja mais um alerta para que não venhamos a acomodar-nos às ideias do "velho mundo", onde o interesse de uma minoria era priorizado, quase sempre, em detrimento do interesse da maioria que formava o bolsão dos discriminados. Creio que este perfil de ideias retrógradas e discriminatórias tende a permanecer devido aos interesses escusos e egoísticos de uma sociedade decadente que teima e reluta em recalcitrar contra o direito do próximo e do propósito por mudanças que possam elevar o nível de humanidade da nossa espécie. Que aqui no nosso país, os legisladores, criem leis que se cumpram e não que fique apenas emoldurada nas folhas dos compêndios, tal qual fotografias esquecidas ao canto de prateleiras empoeiradas. Já é hora.
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ResponderExcluirSonhemos com o dia em que o Brasil deixe de ser um país de segregação social disfarçada de igualdade. Muito obrigada pelo comentário tão sábio, Pastor!!
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