Seja bem vindo ao meu blog!!! Aqui eu pretendo expressar de forma crítica, às vezes poética, minhas opiniões e reflexões acerca daquilo que considero importante. Assuntos relacionados à Pedagogia também estarão presentes. Espero que isso seja edificante para você também. Valeu pela visita!
Eu? Eu escrevo as páginas da minha vida, enquanto noto o tempo fluindo gota a gota rumo à eternidade.
Quero que meus dias sejam mais do que converter oxigênio em gás carbônico.
Quero que meus passos deixem marcas firmes nesse solo de suor e não raramente de lágrimas.
Eu? Eu nego uma vida sem sentido. Não aceito acordar por acordar, deixar o cheiro da manhã passar despercebido.
Vejo vida no "bom dia", vejo vida em um sorriso, há vida na beleza da flor, há vida nos espinhos da vida, há vida na brisa, há vida no deserto, há vida até na dor.
Eu entreguei a minha história ao "Roteirista dos Roteiristas"e sob sua orientação tenho visto que é possível que as páginas de felicidade sobrepujem aos escritos de lamúrias, reservados a quem respira, mas não vive.
Viver é dom, é dádiva.
Ganhar um novo dia é ter a chance de lançar um novo olhar sobre o mundo, sobre as próprias páginas.
Eu? Eu aprendi que cada minuto do dia traz em suas entrelinhas a chance de honrar Àquele que nos presenteia com a vida.
Até que chegue o dia de prestar contas a Deus do uso que se fez dela.
Janaina oliveira*
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Quem sou eu
- Janaina Oliveira
- As postagens refletem o que eu penso, e aquelas que não forem de minha autoria sempre virão acompanhadas dos nomes de seus respectivos autores. Eu acho estranho me definir, pois alguém é o que deixa explícito através de suas atitudes, de suas páginas. Sou evangélica (felizzz com Jesus) e gosto muito de escrever. Aprendi a amar assuntos relacionados à Educação e infância por conta da faculdade de Pedagogia que curso. Eu sou eu, única e especial para Deus assim como você.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
O PAPEL DA ESCOLA NA DIFUSÃO DO PRECONCEITO RACIAL
O Brasil é inegavelmente um país miscigenado e essa pluralidade étnica é explicada pelo processo histórico do país que "uniu" europeus, índios e negros. A história do Brasil é caracterizada pela hegemonia ideológica, econômica e cultural da classe dominante, uma minoria branca que se estabeleceu no topo da hierarquia resultante dessa miscigenação.
Muito tempo se passou desde a colonização do Brasil, mas é possível notar que embora disfarçada de igualdade, a hegemonia revoltante supracitada vigora na sociedade atual, fazendo com que a história do Brasil continue sendo escrita e contada pela minoria que impõe o modelo eurocêntrico e justifica a discriminação racial. Tal dominação subsistente é cristalizada também pela escola que teoricamente tem um papel de inclusão, mas no campo da prática reproduz a supremacia ideológica vigente.
Evidencia-se que sobretudo os negros permaneceram em uma posição de desigualdade, por isso urge discorrer sobre a função da escola na formação da identidade das crianças negras, nas classes de educação infantil.
Sabe-se que a escola é responsável pelos processos de coletivização infantil, e diante da inserção de crianças negras e brancas no mesmo espaço escolar subtende-se uma equidade entre as mesmas, porém, a negação da identidade de crianças afro descendentes inicia-se no próprio ambiente escolar. Raramente as ilustrações ou cartazes confeccionados pela escola retratam crianças negras; e o que dizer das histórias infantis? Os contos de fadas exaltam a figura da Branca de Neve, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, todas de pele clara como a neve. Isso facilita a incorporação do modelo europeu como o "belo", desvalorizando as características das crianças de pele negra e gerando nelas o sentimento de inferioridade, além de estimular o preconceito e as tensões entre crianças brancas e negras, sendo que as últimas passam a ser vistas como feias, de "cabelo duro".
Os lugares de destaque, os papéis de heróis, heroínas, príncipes e princesas nas apresentações escolares geralmente são concedidos a quem mais se aproxima do modelo de beleza aspirado pela sociedade, EXCLUINDO as demais crianças e portanto, interferindo de modo negativo na elaboração de sua identidade.
Crianças são seres aptos à novas descobertas e assim mais vulneráveis à discursos nocivos, visto que estão em processo de desenvolvimento cognitivo e também sociológico. É promovendo a reprodução das idéias da elite opressora que os atores de exclusão social perpetuam a supremacia da mesma, o que continua fazendo do Brasil um país de segregação social.
Tendo em vista os fatos mencionados acima, fica evidente a necessidade de repensar a educação oferecida nas nossas escolas e acordar para o poder que elas têm, de forma que o espaço escolar deixe de ser difusor de uma mentira na qual constitui-se a inferiorização de determinados grupos e passe a ser um meio de negação ao preconceito e de verdadeira inclusão.
Janaina Oliveira*
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